Sigo...

 

Sigo
Porque não desejo parar.
As pausas existem para o alimento
Também para o choro, a prece
Mas é preciso ir adiante.
A caminhada é longa
Existem pedras, deserto.
Vejo flores de vez em quando,
Perdidas num canto qualquer,
Em meio ao cacto sedento
Que pode ser eu, morrendo
Porque viver também é morrer.
Vou seguindo,
Morrendo, mas vivendo.
Plantando e colhendo,
Amando e odiando.
Meu percurso irei fazendo.
Não vejo o final.
Penso nele, mas de pensar
Eu perco o foco e por isso,
Não vou pensar, vou seguir
Experimentando a cada passo
O mistério que é viver
A fim de bem morrer.

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